domingo, outubro 26, 2003

Após ter reflectido um bocado sobre a minha existência deparei-me com a seguinte dúvida,

Serei bandido? ("bandido" palavra maravilhosa, depois de Ninja era a profissão que gostava de ter. No infantário isto das profissões era bastantes simples : policia, ladrão/bandido, bombeiro e palhaço. Não havia cá "relações públicas estrangeiras", "técnicos de públicidade industrial" e outras mirambulantes profissões (escrevi isto no fim e não consigo, por agora, lembrar-me de profissões que não lembram ao Lucifer) Só na primária apareceu o conceito de "ninja" com o triunfante e pródigo aparecimento das Tartarugas Ninjas. Ainda havia uns, de longe a longe, que falavam em serem engenheiros mas lucidamente nos uniamos para os trancarmos no armário mais próximo. Não queriamos misturas. "Adelante"...)


Os outros trocam as cores das canetas dos estojos dos colegas, eu parto os bicos dos lapiz, fazendo questão que o afia tenha um paradeiro incerto, ou divido em pequenos pedaços as minas da lapizeira.

Faço um esforço desumano para dar traques nos elevadores, de modo a dar aroma aquela que de certo será a 438ª melhor invenção a seguir à roda.
Também é "giro" alterar os comunicados lá afixados, principalmente datas importantes.

Bato palmas fervorozamente e com alegria quando cai qualquer coisa que se parta na cantina, deliro quando é um tabuleiro.

Lanço grandes morteiros (bater com a mão a "todo o vapor") nas portas da casa de banho sabendo que alguém está lá dentro tentando exorcizar a pressão do quotidiano na forma liquida ou mesmo sólida e, se houver possiblidade/oportunidade, apago a luz no primeiro impacto. Será que do outro lado começam a mijar às pinguinhas? Ia a dizer que outra coisa voltava à rampa de lançamento mas era estar a falar de "matérias" demasiado "acagalhoadas"...


Quando vejo uma senhora de idade % (vai desde a idade de ter a carta (que por mim devia ser nunca, estou a brincar... as raparigas conduzem bem e sem elas nas companhias de seguros não haveria trabalho... mais uma piada) à idade de estar num lar, eh pah... hoje estou mesmo ínspirado :o), o pior é que sei que raparigas lêem isto... ups!) % ao volante com ar de estar desorientada ou em pânico, tento acalmá-la com prelongadas buzinadelas e com insistentes sinais de luzes, levantar os dois braços com ar de fulo e mexer os lábios como se estivesse a falar também ajuda. Sei que elas adoram e isso faz-me sentir feliz ;) (tem que ser lido com voz de anúncio da Kinder) Por falar em histórias de automóveis, uma vez na Av. de Roma um turra (a pé) atravessou-se à frente vindo do nada a olhar com ar de esperto numa de "vais ter que travar sócio"... pus o carro em ponto morto e acelerei quase até ao red line. Desconheço no entanto porque é ele mudou de cor e desatou a correr... inexplicáveis fenómenos da era moderna!


Quando passo ao pé das obras apenhadas de turras (mais uma vez os "coisos" são motivo de história, incluiu-os tanta vez que seria sacrilégio considerarem-me racista), e por recomendação de um grande amigo meu, circulo devagar e aceno. É sempre agradável ver os nossos amigos primatas com ar de desconfiados enquanto respondem acenando também. Têm expressões tão humanas que até me gelam as paredes do estômago. (Eu ia escrever africanos em vez de "simios" mas a tecla 'f' não estava a funcionar devidamente na altura, estou a brincar... (não vá os sócios do Olho Vivo lixarem-me o juizo.))


Na natação quando chega a altura de ir buscar o cabide, toco sempre no ombro oposto da pessoa que está ao meu lado para lhe passar à frente independentemente da idade dela, mesmo sendo acompanhante dos putos. Ao nadar, assim que apanho o que estava em último (se lerem com atenção e após breve reflexão reparam que para apanhar o último tenho que ser o primeiro a sair) começo a dar-lhe palmadas na sola dos pés para o deixar tranquilo :o), após convite para passar à fente: "Não não, vai na boa. Eu é que me distraí e toquei-te sem querer!", claro que continuo a fazer isso por mais uma volta ou outra. Se estou a nadar costas tenho o cuidado de a meio da piscina começar a nadar mais devagar para o que está a seguir se aproximar para depois bater vigorosamente com as pernas de maneira a refrescar-lhe a cara (leia-se focinho) e proporcionar-lhe uns bons segundos a engolir pirulitos.


De certo que num filme de cowboys estava condenado a morrer cedo com uma daquelas balas que é disparada para a direita e eu caiu do lado esquerdo ou então daqueles que aparece logo preso e apenas serve para mostrar que a cadeia está cheia e que a comida não presta (geralmente desenterro baratas por entre o feijão com cebola). Um dia serei um daqueles que só morre no fim... um dos maus com estilo que mata bons com fartura e que é uma das figuras principais. Um daqueles que chega ao Saloom e tudo se cala petrificado de medo e terror, que cospe para as botas do Xerife e dá palmadas no barman como pagamento da bebida. Que mete o mais parolo a dançar ao sinfónico e melódico som da bala. Aquele que apalpa as bailarinas com a mão aberta e com tanta força que saem bordas por entre os dedos, enquanto emite um grunhido monossilábico e de tom grave.
Num filme do Bud Spencer e do Terence Hill (esses magos da fita de cinema) só apareceria em cena para comer porrada da boa (chapadas com as duas mãos ao mesmo tempo e murros na testa com a base da mão, não esquecendo os encontrões "tola-tola" contra outro "mau" ou a cadeira pelos "cornvs" abaixo que tão caracteristica é...). Mas um dia serei como a mente do assalto a Nice. Estrondoso... fazer um piquenique e ouvir música clássica dentro de um cofre enquanto se faz a selecção das joias a levar é de génio... investiguem que vale a pena saber a história toda.


Bom... já me estou a dispersar mas como já estou com sono e não consigo lembrar-me de mais factos reais (com voz do Artur Albarran, já agora... que é feito desta tacanha criatura?) acabo por agora.


Com o pouco que escrevi fiquei sem saber a resposta... acho que até sou bom rapaz, um pouco avariado do juizo, mas bom rapaz.

domingo, outubro 19, 2003

Viva,

Hoje comecei mais ou menos bem o dia :oS
Acordei atordoado depois de 12 horas de sono e, após uma luta infindável para conseguir sair da cama (a gravidade atingiu hoje niveis cósmicos na zona dos cobertores), segui-se uma série de tentativas para acordar o cérebro.

Comecei por tentar tomar banho. Como sou pobrezinho e não tenho esquentador inteligente, fui para ligá-lo... dei por mim na dispensa completamente imóvel a tentar perceber o que lá estava a fazer. Num breve acesso de consciência lembrei-me que ele está na cozinha e para lá tentei dirigir-me não fosse o facto de ir ter parado ao quarto. Porra!
Após umas engraçadas visitas pela casa lá consegui tomar banho. :o)

Como é Domingo decidi dedicar-me às minhas ginásticas. Peguei nos candeeiros que tenho cá para casa e apontei-os à cara juntamente com um ventoinha para dar aquele ambiente "Marés Vivas". Sem ele jamais se conseguiria fazer ginástica "a la Mitch".
Pus-me em tronco nu e espalhei bálsamo de abacaxi com leite de colibri no meu corpo de atleta greco-romano. Fiz um abdominal com um ar sério e a olhar para o horizonte (faixa de candeeiros) não esquecendo o cabelo a levantar por causa da ventoinha. Imagine-se a cena em câmara lenta e com música do Michael Bolton como música de fundo. Após ter feito esse abdominal mudei de posição para a fotografia. Repeti o feito por mais 2 ou 3 vezes e fartei-me. Por hoje já chega de ginástica.

Isto de escrever sem ser para alguém especifico limita-me um bocado a imaginação... mas se "trénar" (treinar) todos os dias devo safar-me...

Beijokas para kem tem direito a elas (só para raparigas e sem excepções para rapazes) e abraço, um apenas e com as partes púbicas afastadas pelo menos 1.27 metros para os rapazes.

Tiago :o)