domingo, dezembro 28, 2003

Aldeia dos Macacos

Fui recentemente ao Jardim Zoológico para ver os animaizinhos... é pena não terem lá gatos. Lembrei-me de mais um familiar que em tempos se dedicou aos gatos... o meu avô! Como me pude esquecer deste parente que me é tão chegado? E o que o meu avô era (para além de ser o proprietário de uma "gaiola" com criação de coelhos e galinhas a quem os "FDP" dos gatos (nome técnico atribuído pelo meu avô) faziam caçada) aos bichanos? (Regresso estonteante à frase) Era nada mais nada menos que preparador físico.

Preparava os gatos para provas de atlétismo nas especialidades de corridas, que para sprints quer para para provas de fundo. Para os sprinters bastava meter álcool na vávula de escape e lá iam eles... até cheirava a borracha queimada (ou seria a gato queimado? Não percebi... estou a brincar, o meu avô não lhes pegava fogo.), só paravam quando o efeito "adrenalínico" acabava ou ficavam colados num radiador de um automóvel (levando assim a mais uma cena de violência doméstica visto que o carro estava a ser conduzido por uma senhora que o tirou da garagem, sem conhecimento nem consentimento do marido, para ir às compras às escondidas e mostrar às amigas que conduz e que lá em casa ela é que manda... mas porque raio é que o gato se ia lá estampar sózinho? Isto foi no "tempo da outra senhora" em que as mulheres levavam tareias livremente (era um sinal de status social) e não podiam ter a carta como as pessoas... ESTOU A BRINCAR!!! Num acesso de estupidez pareceu-me ter piada.) Para a prova de resistência era preciso um plano mais elaborado. Tinham que se ter mais meios... mas para mero exemplo vou reduzir drásticamente a lista para uma corda (os profissionais usavam fio em fibra de carbono (que por sinal só recentemente foi inventada), os amadores usavam corda de sapateiro) com um metro e vinte sete centímetros e uma lata (os perfeccionistas usavam latas de óleo Selenia 15W40 multigraduado semi-sintéctico). Atava-se a guita à cauda do gato e, na outra extremidade da corda, a lata. Punha-se o gato em posição de largada e dava-se a partida, após contagem decrescente, dando uma palmada no lombo do gato. Lá ia ele a cavalgar livremente pelos quintais dos vizinhos, sempre a fugir de um inimigo que o perseguia de perto. Só cessava o treino quando caía para o lado de exaustão ou a lata acabava por se soltar (não, não era o meu avô que dava nós à menina/(mija sentado). O gato é que ia perdendo peso ao longo da prova e naturalmente ia ficando mais magro e o nó ia ficando mais largo). Não fosse o facto dos bichanos nunca mais serem vistos (a não ser que o carro fosse de alguém da zona, neste caso para além do gato aparecer também a senhora caía das escadas ou descuidava-se e batia com a cabeça na porta) e podiam ter saído dali verdadeiros recordistas mundiais ou mesmo campeões olímpicos.

Retomando ao Zoo... fui no metro (reparei que só existem bancos dos parolos (em que os os passageiros da frente têm sempre os dentes muitos saídos e os olhos muito abertos e nos estão sempre a controlar os movimentos)) e quem é que apareceu na carruagem? Exactamente... o revisor (se tivessem aparecido dois kosovares a tocar acordeão e pandeireta decerto que uma maldição tinha sido mandada sobre mim... o que é impossível porque fui à bruxa e ela deu-me lá as mezinhas dela (não vou dizer quais os ingredientes porque toda a gente sabe quais são... basta verem um instrutivo filme de Domingo à tarde na TVI em que apareça uma bruxa para ficarem elucidados)). e, sobretudo, porque tenho um amuleto contra o mau olhado que comprei através de m anúncio no jornal Ocasião. É um colar em que o pendente é a cabeça de um coelho presa pelas orelhas (uma para cada lado) com os olhos cosidos, nariz com uma argola e com os lábios cortados.). O revisor lembra sempre a várias pessoas que têm que sair naquela estação e que, uma vez no cais, estão atrasadas para irem a um "sítio" e têm que se apressar a andar, sempre a olhar para trás porque com isto dos assaltos não se brincar... a porra toda é se há revisores cá em cima na saída.

Mais uma vez tentando voltar ao Zoo... chegado lá, para além do bilhete, comprei comida para dar aos animais. Um pacote de amendoins e outro com alpista para cágados (da mais miudinha para não se prender nos dentes e eles não se engasgarem). Dei a minha voltinha reservando um tempo extra para ver melhor a Aldeia dos Macacos. Fiquei bastante contente ao reparar que os símios tinham sido prendados com um parque de diversões... puseram andaimes à volta de algumas casas.
Com a breca! (magnífica expressão de admiração esta) então não é que estavam lá dois maiorsitos a acartar baldes de cimento? Apressei-me a atirar amendoins a estes dois para os recompensar pelo truque novo e os gajos, de uma forma quase (um quase relativo, apenas para impressionar o caro leitor) humana, não me pedem (por gestos muito rudimentares é verdade) "minis" para acompanhar? O que os treinadores/tratadores não fazem por estas criaturas... um espantos. Já tinha visto ursos a dançar e caturras a andar de tricíclo, mas pensei que se ficassem por aí... até nem sei se não é proibido explorar os animais desta forma. Cá para mim acho que os animais deviam ser todos restituídos ao seu habitat natural... camelos para o deserto, cabras para as montanhas e os macacos para Cabo Verde.


PS: O servidor dos comentários tem estado em baixo, o que torna o blog muito lento a carrregar... no entanto recebi um "comentário" por mail muito bonito :o). Atitude louvável e de grande valor.

terça-feira, dezembro 23, 2003

O Meu Primo e os Gatos

Com o aumento do frio há também cá em casa um aumento do cheiro a gás, ou seja, mais uma prova que os aquecedores (os eléctricos principalmente) são perigosos.

Ultimamente, não sei porquê, cada vez que se liga aquilo fica um cheiro a gás muito intenso no corredor... talvez seja por habilidade do meu pai. Esta situação não podia continuar e, para tal, tive que averiguar de onde vinha o cheiro. Como às vezes tenho umas ideias acima da média, que maneira melhor para ver de onde vinha a fuga (ver mesmo, não é descobrir de onde vem a fuga, é preciso ver, "sentir" (sentia.... depende do grau das queimaduras!) a experiência, empirismo puro) do que com o auxílio de um isqueiro? Era só seguir a ténue chama... podia ter corrido tudo bem e eu ter-me tornado herói nacional (se a notícia da tragédia tivesse passado na TVI de certo que diziam que tinha tomado aquela atitude para salvar os meus pais de uma morte certa por asfixia) não fosse ter sido repreendido e terem-me tirado a ferramenta de trabalho das mãos... foi pena!

O que vale é que o cheiro até proporcionava um ambiente relaxante. Prova disso é que a cadela pertencente à vizinha da frente (o "pretencente" estragou os planos a quem se preparava para dizer "Eh... chamou cadela à vizinha..." pensando que eu ia dizer "A cadela da vizinha") estava deitada de lado no hall de entrada a repousar... "sessugadita" com a língua de fora poisada na pedra mármore e os olhos semi-serrados. O que é um feito único visto que a fera fugida do inferno só está bem as rosnar e a ladrar, nem que seja sózinha... reage como um torpedo (ser um salsicha ajuda com esta analogia ao torpedo, porque de resto nem é muito rápida em velocidade de ponta... é mais de fazer espectáculo aos saltinhos e círculos à volta do mesmo local) às palavras código "passarinho" e "gatinho" precedidas de "Olha o" e concluidas com "Tofa!" (aí sim, a Tofa desloca-se em linha recta em direcção ao objectivo. Já conseguiu abifar 2 pássaros da gaiola, que está na parede, e que pronta e orgulhosamente os foi buscar à cozinha para mostrar à dona, que por sinal ficou muito "contente".)


Por falar em gatinhos... tenho um primo que gosta muito muito de gatinhos. :o)

Os gatinhos é que nem para eles próprios são bons e fazem aquele ar provocador a pedir que lhes façam mal... o meu primo como é boa pessoa e não consegue dizer que não... ele não tem culpa. :o)

O meu primo atrás do gato muito devagarinho:
-"Anda cá... tenho aqui uma coisa para ti.", "Vá... não sejas teimoso... mais cedo ou mais tarde tens que ir lá!"E o gato nada convencido antevendo a incerta e frágil sorte que lhe está reservada:
-"Miaauu...?" com um ar aterrorizado e completamente inerte de pânico. Mas a vontade de fugir não foi maior que a parte fraca que cedeu a tanta "bondade". Foi agarrado brucamente pelo pescoço e, antes que se arrependesse e conseguisse abrir as mandibulas, foi arremessado para o meio do tanque para tomar um banhinho...
-"Quem é amigo...?Hein?"
-"Olhe que o gato afoga-se!"
Disse eu num momento de compaixão pelo gato, vendo-o a dar às patas e a ir ao fundo... até teve a sua piada sabendo agora que o bichano já estava "habituado".
-"Não se afoga nada, não tenho cá gatos maricas... ele até está a gostar! Um bocadinho de exercício só lhe faz é bem. Olha o gajo todo contente ... (olhando para o felino em aflição) parace um lorde..."
-"Deixa-o nadar à vontade... é um atleta, precisa de muito espaço para "trénar"
(treinar)."
-"Queres brincar um bocadinho com a bola?" Ao mesmo tempo que atira uma bola de basquete antiga lá para dentro. O gato em dezespero lá se tentou agarrar à bola, mas quanto mais tentava trepá-la mais tempo passava dentro de água. Vi cada vez mais o fim do gato, ele cada vez com menos força nos movimentos e completamente dentro de água com a boca e olhos abertos e ainda a tentar espernear mas já mentalizado que tinha chegado o seu dia do juízo final.
-"Pronto! Por hoje já chega... já nadaste muito!" Enquanto pegava numa vassora para o gato se agarrar e o puxar para cima.
-"É que depois eu já sei como é... habitua-se e não quer outra coisa. Anda depois aí o dia todo a pedinxar." olhando para mim enquanto metia o gato em cima do muro para apanhar um banhinho de sol como qualquer banhista. Depois virou-se outra vez para o protagonista:
-"Quem é amigo, hein? Quem é que salvou o menino que se meteu em apuros, quem foi?"
-"É assim é que eles reconhecem o dono... quem lhes faz bem!"


O gato com ar desolado e escanzelado, ainda em choque e não se acreditando que está vivo. Com um olhar distante e vazio e sem fixar nada em particular. Cabeça baixa e sem mexer o corpo. Com a parte de dentro das sobrancelhas levantadas, tentava lamber levemente o lábio inferior num ensaio para voltar a respirar ar, visto ter os pulmões cheio de água. Acabou de perder a confiança em si mesmo, e, por conseguinte, irá se retirar para passar mais tempo escondido debaixo de um carro.


Outro acto de caridade do meu primo para um gato:
-"O gato andava aí com ar abatido... andava em baixo. Virei-me para ele e disse: Anda cá que o André já te mete à maneira para as raparigas."
-"Espetei-lhe
(literalmente...) dois brincos na orelha direita e lá foi ele todo bonito!"

Este meu primo é um erudito do pragmatismo, houve uma vez que fez uma omelete de frango de uma forma muito pouco usual... fê-la com ovos com pintos lá dentro.

Já chega de falar da minha família... e desta vez é que é...

Feliz Natal para todos :o)

PS: Ocorreu-me uma dúvida... "de pequenino é que se torce o pepino" tem conotações masturbatórias?

Já agora aviso que o contador de visitas, que está no fim da página, não conta com as minhas próprias "visitas"... e só tenho 2 comentários. É que nem uma mensagem de apoio depois do que me aconteceu no relatado no último post... :o( Ninguém me liga... vou voltar a enviar emails em vez de postar aqui, assim sentem-se obrigados a responder :oP

segunda-feira, dezembro 22, 2003

Fui no sábado a território inimigo a fim de descubrir eventuais manobras ou ataques surpresa, em época natalícia, da facção inimiga... e aproveitei para ver se comprava umas botas novas.

Dirigi-me ao edifício que comanda as operações terroristas contra o nosso país, ou seja, fui ao El Corte Inglés. Nesta sede das tropas de Castela, vi o Holocausto... eles têm em seu poder uma arma de destruição apocalitica... vim completamente dessolado, quase sem forças para continuar na resistência.

Vi o que outros não ousam pensar que existe... vi o néctar da podridão humana... estava eu a passar num dos corredores do piso 0, quando vi um gajo mais ou menos da minha idade a olhar-me de maneira estranha, "O que é que este cabravm quer?", de repente um amigo dele aproxima-se e começam os dois violentamente aos beijos na boca... vi dois "homosexvallis panascvs" aos beijos na boca no meio de uma enchente de gente... à minha frente... QUE NOJO!!! Nunca pensei, porque não penso nestas coisas, que me causasse tanto transtorno psicológico. Um homenzinho que vinha do outro lado ficou pálido.


A prova da desmotivação, é que só hoje consegui escrever. Aquela aberração gelou-me o cérebro. A sorte deles é que lá não tinham as botas que eu queria, porque era uma boa ocasião para fazer o tira teimas de que as Dr. Martens doem mesmo quando acertam nas canelas.

Outra coisa que me desmotivou fortemente, para além do episódeo dos "panascvlaris atraqvis di popvs", foi um mail que recebi cheio de fotos de "falos" mutilados ou com "modificações estéticas". Como é que as pessoas conseguem gostar de ver cenas deste género? A mim este tipo de imagens ou vídeos deixam-me doente... É pior que ir tudo ao circo para ver o homem mais peludo do mundo, ou o homem ciclope ou mesmo o famoso homem que consegue tirar caricas com a narina direita (único no mundo diga-se). Eu, sinceramente, fico mais feliz se não souber da existência de um vídeo que tem um cavalo a sodomizar um ponei, ou um homem a meter um "massajador facial" pela uretra a dentro.

Se não escrever mais nada até lá, Feliz Natal a todos.

PS: também recebi um mail do professor de AED por causa do nosso projecto (ainda só se entregou o pré-relatório) e o homem já está a dizer que aquilo está demasiado confuso... porra! Não quero passar outro Natal a programar. Estou em Electrónica não estou em Informática...
PS2: este post está uma bela porcaria, mas foi mais um desabafo do que um bom fruto colhido (muito humilde que eu sou... lol. Mas como também me riu daquilo que escrevo, não deve estar assim tão mal) das árvores da minha imaginação.

sexta-feira, dezembro 19, 2003

Ao que parece aqui a minha zona tornou-se zona de saldos...
Ontem dois salteadores de viaturas, em busca de telefonias e outros tesouros, actuaram sobre quatro sarcófagos.
Partiram os vidros e de lá retiraram o espólio com valor comercial num qualquer receptador de "arte sacra".

Mas, ao que parece, um segurança do meu prédio apercebeu-se da situação e contactou a Autoridade Local Responsável pela Preservação do Património.

Chegou prontamente ao local do auto e ainda apanhou um dos "inocentes" (até se provar o contrário, eles são cidadões como outros quaisquer. Tendo em conta que todos nós falamos verdade, e dado revelar-se alguma insistência por parte do que foi apanhado em dizer que estava inocente, nada temos que desconfiar ou apontar ao homem... por que motivo havia ele de estar a mentir?).

Um "sôr agente" perguntou cordial e cortesmente o que o indivíduo estava ali a fazer e ele lá confessou... assaltaram quatro carros partindo os vidros, escoderam os rádios e afins dentro dum saco metido no meio dos arbustos do jardim e quem era o colega que estava com ele. Pronto... sem confusões nem complicações de maior.

Bom... "quersedizer"... o "sôr guarda" teve que apertar um bocadito com o rapaz, não é...? Ele são muito tímidos, e nada melhor que a boa maneira antiga para desinibir e tirar barreiras que possam obstruir um diálogo fluido e franco. O inquiridor iniciou o interrogatório de forma física, primeiro foi uma paulada com o "cacetéte" nos joelhos e depois nas costas para deixar o indagado mais solto e à vontade, e só então é que se fazem as perguntas, num outro ambiente mais sereno e descontraído. É como nos caracóis, primeiro metêmo-los dentro de água para eles ficarem com a cabeça de fora e só depois é que os cozinhamos. Se for em viceversa já não dá, eles ficam retraídos e nós já sabemos o quão acanhados eles são.
Em todo o caso sempre os podemos levar para a esquadra, para lhes dar a conhecer os seus direitos. Só têm que ler uma folha A4 encadernada com uma lista telefónica pelos cornos abaixo (comparar com sal no caso dos caracóis).

O que importa é que tudo correu bem.

quarta-feira, dezembro 17, 2003

O Bate-Chapas da Arroja

Apanhei hoje o autocarro 36 que vinha de Odivelas... para tal tive que ir a pé até ao Lumiar.
Já dentro do autocarro e sentado, naquele lugar sobre as rodas de trás que ninguém quer (o 36 não costuma ter os famosos lugares dos parolos, aqueles que se fica frente-a-frente com outros passageiros), entra um "cavalheiro" todo ele cheio de "carácter". Para mal dos meus pecados sentou-se ao meu lado e por que um azar nunca vem só (ou como raio se diz), conhecia o "chefe" que estava sentado atrás de mim. Ora bem, assim que o sujeito se sentou veio-me cá um hálito do jantar às papilas olfactivas (de certeza que é uma "pessoa" que come muito alho... que por sinal faz bem), e o que me fez ter uma contracção muscular involuntária, foi o cheiro a cabelo oleoso que invadia o habitáculo. Muito directo ao assunto, começou a discursar em todas as direcções, embora dando a entender que era para o seu amigo, bem... conhecido é o termo mais correcto :

- Esta sociedade anda mal... anda contaminada! No meu tempo não era nada disto... estes jovens não tem alma (eu ao lado...), metem nojo! (...) No meu tempo se alguém era atropelado juntava-se tudo à volta para dizer "ai... coitadinho! Está tão mal...", "Ai credo! Que horror... está com tão mau aspecto", agora não... é só meia dúzia deles e chamam logo a ambulância. Já não há compaixão pela vítima!
- Pois é, tem razão...
- Mas já no tempo de antigamente, quando estive em Inglaterra, á era a mesma coisa... eram todos muito frios! Se caía alguém, só dois é que ajudavam, o resto nem ligava!
- Mas na sua terra já eram assim? Qual terra?
- Em Inglaterra... Irra!

(...)

- O meu amigo é mecânico, não é? (perguntou a alma penada, sentada no banco atrás)
- Eu? Eu sou é bate-chapas. Quem trabalha comigo é que é um belíssimo mecânico, que mãozinhas... que mãozinhas.

(...)

- Ainda há pouco tempo comprei 4 camiotes de serviço às Santa Casa. Que vigaristas! (Com muita pena minha não me lembro das palavras que ele usou em vez de 'vigaristas', mas fartei-me de rir) Uma estava sem documentos, recusei-a logo (yah boa... comprar um carro sem documentos, lol), outra não tinha motor de arranque e outra estava com os injectores todos arrebentados. A quarta é a que está melhorzinha, mas não tem força.

(...)

- Eh pah! Ainda bem que me lembro... tenho um carrinho mesmo bonzinho para o meu amigo... um Audio (Audi) 80 Turbó-Disle (TD). O meu amigo mete-lhe lá um motor arranjadinho à maneira e tem ali um carro para a vida toda! (É só ir à merceairia e pedir para aviar dois motores e para embrulhar em papel vegetal)
- Hum... não é bem o meu género... já agora é de que ano?
- É de oitenta e... bom! É de quase noventa! Mas já agora que tipo de viatura é que o meu amigo quer? Talvez possa dar um geito...
- Ando inclinado para um Opel Astra de 2000/2001...
- A disle? Isso ainda é caro... a gasolina são uns mamões FDP! Eu tenho tudo a disle...
- Não. A gasolina, ando à procura de um que seja de serviço de uma empresa que tenha cuidado com as revisões...
- Tu não te metas nisso! Olha que os carros vêm todos avariados! (Ahh! Com que então o inexorável sabichão foi escaldado...) A não ser que o condutor tenha cuidado e que (granda confusão e contradição no discurso)

(...)

- Estas a morar aonde agora? (Perguntou o de "cá de trás", salvo seja)
- Onde sempre morei... na Arroja!

Pronto... apartir de aqui fez-se luz na minha cabeça. Tudo começou a ser claro como água cristalina e pura. Tudo começou a fazer sentido. Um bate-chapas da Arroja! Já nem consegui ouvir mais da conversa que estava a ser obrigado a ouvir... tinha acabado de descobrir mais um estereótipo exótico, o curioso "Bate-chapas da Arroja". Estes seres da Arroja têm características muito peculiares, sentido de humor um tanto ou quanto limitado (o humor é relativo... pode ser em relação a alguém e esse alguém não achar piada, talvez seja esta a desculpa...). É melhor não escrever mais sobre os naturais da Arroja, não vá a Besta tricotá-las, e a alguém de lá ler isto e depois vir com más intenções...


Até à próxima,
'jinhos e abraços ;o)

PS: Escrevi muito hoje... esta história do bate-chapas é verídica, mais coisa menos coisa. Não tenho nada contra os bate-chapas, tenho um primo que o é. Hum? As pessoas da Arroja o quê?

O Teste de AED

Tal como tinha referenciado num post anterior, que devem ler a seguir porque ele aparece depois, fiz um mini-teste de Algoritmos e Estruturas de Dados. É uma disciplina de programação, mas nos testes tem que se fazer puzzles lógicos munidos de uma certa irracionalidade.
Até estudei relativamente bem para este mini-teste (a sala de estudo parecia uma estufa de doenças infecto-contagiosas... pus-me a ouvir música (Rádio Renascença ou a "Nosss-tal-giiaaa...hum-humm") numa telefonia que me saiu nos iogurtes (tive que comer 8 iogurtes, com prazo apertado, de penalty. Telefonia essa que rápidamente transformei em brinquedo... aquilo tem uma mini-lanterna ninja), fechados os olhos, tentei imaginar que estava numa ilha tropical sem as vacinas em dia... estou constipado e, cada vez que me assoo (esta tive que ir ver como se escrevia), o lenço fica cheio de vurmo amarelo).

Mas assim que cheguei ao teste, e constatei que quem estava na fila da frente com a minha versão (esqueceu-me de dizer que era de escolha múltipla, 4 versões diferentes, em que as respostas eram para se pôr na face do enunciado), estava a deliciar-se com a com a sua resolução e a pôr as respostas com uma garra de fadista, rapidamente percebi que metia dó não aproveitar esta pequena dádiva ("Oh meu amigo... vamos a isso").

Entrei em sintonia com, o agora, meu "companheiro" (salvo seja). Esta harmonia por nós criada, só era destabilizada quando o cabeçudo que estava mesmo à minha frente se endireitava e me tapava a visão com os seus estrondosos "orelhames". Era o meu amigo a fazer "desenhos" necessários à resolução do teste e eu a contar pelos dedos e a olhar para o horizonte numa tentativa engenhosa de iludir o professor que estava a assistir à nossa prova. Contei até 7, parei com um sorriso, dei um estalido com os dedos e fiz um movimento enérgico com a mão com o indicador esticado (simulando a forma mímica de "Eureka"), olhei para a folha do outro e escrevi B na minha folha de teste (7 <--> B ... é tudo igual). Para as seguintes e restantes 4 perguntas, utilizei outras técnicas da mesma arte, em vez de contar pelos dedos batia com a caneta na bochecha enquanto olhava novamente para o horizonte. Tal meditação era interrompida com um safanão da cabeça em forma de "Ah-Ah!". Joguei ao jogo do galo sózinho como forma de cálculo (devo-me ter enganado a meio, porque foi nesta que "errei" a resposta). Na quarta pergunta tentei usar uma técnica nova à minha pessoa, chegar à conclusão através da combinação de letras na frase do enunciado, o que se revelou uma técnica que gera muita areia para a minha humilde camionete de vidente (só sei ler nas entranhas de focas albinas). Por último utilizei uma técnica anciã a todos nós... tentar descubrir algum padrão nas respostas dadas (a quinta opção que podemos pôr, "Nenhuma das anteriores", é que estraga tudo...). Foi aqui o único momento que tive que discordar com o meu colega... não é que a resposta A e a B começavam as duas da mesma maneira e o gajo foi-me escolher a D? Com certeza que a C e a D estão lá para nos enganar... tinha que ser uma destas primeiras! Para saber qual, bastava ver qual era o fim que se repetia mais vezes, para que é que ele se pôs a inventar? Para o meio é que era mais difícil, eram todos diferentes, mas se já temos o princípio e o fim para quê complicar? Quando tínhamos que ler um livro (funcionava em especial no secundário), sobre o qual era preciso fazer um trabalho, não nos bastava apenas ler o resumo da capa (neste caso não havia), o princípio e o fim? O resto com toda a certeza que é palha... então não é? A sorte dele é que já sei o resultado (meteram na internet às 3 da manhã, apenas vi no dia a seguir... não sou doente) e ele estava certo...

P.S.: Apre! Hoje estou farto de escrever... e ainda tenho outra cena para escrever que se passou no "tó" (autocarro), a qual alguns leitores irão achar uma certa piada quando lerem o meu relato.
Não querendo demonstrar falta de ideias, mas sim com a intensão de comprovar o que escrevi num ou outro post anterior, vou escrever aqui uma linhas... vinha eu ontem (ontem foi um dia cheio de ocorrências) de um teste que acabou às 21:15 (ler descrição do teste num post que vou fazer), quando no metro apareceram mais duas franzinhas e raquíticas criaturas (imaginar duas figuras baixas e pequenas com uma granda cabeça e dentes saídos, estavam trajadas com as calças de ganga e camisas desfraldadas de um dos lados como de costume), com ar de fuinhas e vindas das terras da ex-URSS. Tocavam acordeão acompanhado por uma pandeireta tocada a um ritmo frenético mas sempre igual. A playlist consistiu num curioso medley constituído pelo refrão da Polka, melodia da música d'"A Banda" e acabou em beleza com música de Natal enquanto o "artista" da pandeireta cobrava os "honorários" pelo espectáculo dado.


Entretanto lembrei-me de mais coisas para se fazer, quando se está sózinho, como forma de combater o tédio e saborear algum entusiasmo.
Utlilizar estes magníficos métodos quando já se está deitado e de luz apagada...
Por exemplo, tentar associar as formas mais duras dos cobertores a membros mutilados de um cadáver (mão, pés, narizes, etc...). Ganhar uma sede diabólica e ao acender a luz (em vez de interruptor imaginar que se está a apertar um dedo frio) ansiar por ver uma cabeça decapitada em cima da mesa de cabeceira, com os olhos revirados e com a lingua de fora... garanto-vos sede para a noite toda (relembrar o gajo que está na cozinha, aquele de jardineiras). Já para não falar no gajo que está à nossa espera por de trás da porta da casa de banho que irá gritar estridentemente assim que acendermos a luz... também vos garanto que por muito aflitinhos que estejam e vontade que tenham, só lá irão no dia a seguir com a luz do dia (falo por experiência própria).
Outra coisa muito gira é tentar sentir uma presença no nosso quarto, tentar acompanhar os movimentos de um gajo com respiração ofegante, que anda à volta da nossa cama e que por vezes se senta aos nossos pés para descançar... inquietante!

É por estas e por outras (nunca me esqueço dos mortos que "viviam" (repare-se na contradição) no gavetão da minha outra cama) que durmo sempre de cabeça tapada, por muito calor que faça...
Tenho uma catrefada de coisas em papel para postar e não tenho paciência nenhuma para escrever.

Todas as temporadas que deviam ser reservadas ao estudo coincidem com picos de creatividade para fazer de tudo...
Desde escrever parvoíces a fazer música... (desde hoje que consigo ligar o computador à aparelhagem, deve estar para sair um CD de músicas inéditas minhas)


Vamos começar com uma cena que estava para escrever aqui anteontem (apenas o fiz no papel para não me esquecer,e antes de ser contaminado pela escola), mas para o qual não tive tempo.
Naquele dia, durante o pouco tempo que habitualmente dedico para a prática de Voodoo, que coincide com aquela meia hora entre o despertador ter tocado e o acto de me levantar efectivamente, fico em estado de «morto-vivo», num transe profundo. Apenas neste estado de êxtase consigo entrar e visitar o perdido Mundo dos Mortos. É lá que eles me confidenciam as desgraças a que os ditos "vivos" estarão sujeitos no seu mundo. Costumo ter sempre várias visões de calamidades que começam a ficar difusas à medida que vou regressando a este mundo. Mas houve, entre elas, duas que me marcaram mais e, por conseguinte, ainda tenho uma vaga idea delas. São elas: o castigo do «infiel máximo» ("aquele que provocará a ira de Ala", para mais informações procurar no Google por "miserable failure", é logo o 1º resultado. Já agora leiam isto www.coxar.pwp.blueyonder.co.uk (leiam mesmo o "erro")) e a luz por entre as trevas... vislumbrei com toda a magnificiência deste feito épico, a venda do IST para se fazer um grande centro comercial. Os professores que nos trazem mais recordações ocupavam cargos de destaque, desde limpa retretes a reparador de elevadores. Outros foram mais poupados: o Horácio vendia peluches; o Rufino tinha um talho; o monitor (não era professor) das aulas práticas de Análise Matemática II, por toda a sua disposição nas aulas e humildade (a humildade... aquele moço transbordava humildade. Estou profundamente arrependido do cognome que lhe atribuí, desculpem a expressão indelicada mas muito esclarecedora, baptizei-o de "PUT4 que o F0D4"), era brinquedo sexual numa sex-shop gay.

Pois é... até aqui tudo bem... mas os preços eram tal altos que ninguém comprava nada, e a DECO chumbou o projecto, -"Talvez para o ano passe!", um tanto ou quanto nostálgica esta sarcástica frase que dá vontade de apedrejar o seu pregador... (não percebi!)

domingo, dezembro 14, 2003

Está um dia tão lindo lá fora, e eu tenho que ficar em casa para estudar... como é possível arranjar motivação? "Mas o esforço é depois compensado com as notas." nota-se... :o(

Devia mesmo ter nascido índio amazónico, daqueles que caçam macacos com zarabatanas e depois os assam no espeto. Isso sim era uma vida cheia de aventura, andar de piroga com a cara pintada e tocar tambores o dia todo. Daqueles que têm curandeiros que curam tudo à base de ervas e danças à volta da fogueira (confesso que estou bastante interessado na parte da dança à volta da fogueira porque estou com um frio do caraças... acreditem ou não estou com 3 pares de meias calçados, em que as últimas são daquelas em lã muita grossas. Os meus papás foram passear, grande tormenta a deles, sujeitando-se ao frio da rua e o coitadinho ficou em casa no "quentinho"... ainda por cima o aquecedor é daqueles industriais com uma grande bilha de gás e como se lêm e ouvem aquelas histórias todas nos jornais e nos telejornais de pessoas intoxicadas por causa dos aquecedores, tenho medo de tentar descobrir como se liga (tinha mais piada se tivesse medo de tentar ligar um aquecedor eléctrico). Os únicos aquecedores que tenho a funcionar e com os quais sei operar são as lâmpadas que estão acesas ao longo da casa). As índias andam à vontade com as mamocas ao léu... é só coisas boas.


Vou tentar mudar a música de fundo em cada post. A música irrita?
Tento meter música que eu gosto de ouvir, mas isso não implica que todos gostem, por isso mandem-me nomes de músicas que gostavam que eu metesse. Uma coisa é certa, não irei meter música de turras! (No fundo no fundo o Jimi Hendrix não era turra, ele sabia que lhe tinham pregado uma partida de mau gosto, o Michael Jackson já o é! E apesar de estar "enterrado" continua a esgravatar, como o mostra as várias operações que fez na tentativa de ficar branco))
Há dois dias atrás o meu companheiro de guerra, Vencislis de seu cognome, que luta nas terras de Beja para nos defender, a todos nós, da invasão espanhola que nos assombra diariamente e que nos fustiga com incessantes ataques à nossa harmonia astral, advertiu-me para os perigos da música turra.
Eu, crente que sou na força sagrada do Metal que purifica as almas dos pecadores através da imolação, confesso que nunca me senti tentado a ouvir música dos "bjagós". Com intuito meramente científico, propus-me a estar sujeito ao confronto com esses ruídos do demónio. Eis os resultados:

"Fui submetido a uma experiência com Hip-hop e cheguei às seguintes conclusões:
- é música de turras e, consequentemente, apenas por eles pode ser ouvida;
- não é música;
- ao fim de meia faixa fiquei com um inexplicável ódio de morte aos brancos e com uma incontornável vontade de matar polícias (criou-se em mim a ideia que são eles a causa da injustiça no mundo e que batem e prendem o pessoal porreiro aqui do bairro (embora não saiba ao certo quem é a malta porreira e muito menos a que bairro me refiro visto morar num ghetto.));
- ao fim da mesma meia faixa referenciada na alínea anterior, dei por mim a tentar assaltar-me a mim próprio (estava isolado num quarto para evitar o risco de contágio e, mesmo assim, verificaram-se incidentes) com um corta papel;"



Mas música cigana é que não! (Desde que dois ciganos, munidos respectivamente com um pau e com uma navalha, me tentaram assaltar à porta de casa às quatro da tarde, que não morro de amores por eles). Infezlimente já está a entranhar-se no nosso território na nossa sociedade como forma de "música" espanhola. No entanto não passa de propaganda que, como não os espanhóis têm capacidade bélica de nos atingir, têm que procurar outras formas de ofensiva. Sim, porque os espanhóis não passam de ciganos disfarçados.

Beijocas e abraços a todos aqueles que ainda têm pachorra para me aturar :o)

sexta-feira, dezembro 12, 2003

Aí vem mais um fim de semana :o)
Devia escrever só amanhã, para não ter o espírito corrumpido pela "escola" ("alguns" colegas meus também andam corrumpidos, no caso deles andam com a sua capacidade de ajuizar um tanto ou quanto corrumpida pelas hormonas, nomeadamente pela testosterona. Quando passa uma rapariga (em alguns casos gajos de cabelo comprido com a barba mais ou menos bem feita), parecem todos bússolas a virarem-se para o pólo norte magnético. Para não impressionar ninguém pela negativa, prefiro não contar o que se passa quando se tem que ir à Torre de Química... são massacrados pela própria histeria (doença nervosa caracterizada por convulsões e acessos espasmódicos)), mas como até tenho umas coisas novas para contar, decidi postar hoje :o)

Ontem à noite estive num dilema que me assolou o raciocínio.... continuar com a pura calansice (não vinha no dicionário por isso não sei se é "calanzice") e pôr em perigo a minha própria integridade pessoal ou mesmo existência ou ter que me subjugar ao esforço sobre-humano de ter que mexer dois ovos? Aos dias de semana não gosto de "cozinhar", e tenho preferência por grelhar os alimentos, que até acho que o sei fazer bem, embora alguns, aqueles que me conhecem mais ou menos, não confiem muito nos meus dotes. Principalmente quando me vêem a pôr caruma com fartura para fazer uma lavareda de 3 metros, e depois constatam que estou a olhar para ela com ar fascinado. Também é giro brincar com a bisnaga de apagar os excessos de lume uma vez posta a comida em cima da grelha. Mas depois o que sai da grelha até está bom :o) pelo menos eu gosto, mas como também almoço na cantina e gosto...
Esta acção extra-normal deveu-se à minha mãe ter ido a um congresso não sei onde e eu, para não ter que ir comprar jantar, ter ficado restringido a umas fatias de carne assada, batatas fritas de pacote e, se a fome ainda me atingisse, ovos mexidos. Lá acabei por mexer os ovos...


Ora bem... mas o que eu queria era relatar dois episódios que aconteceram hoje. O primeiro foi na aula prática de Análise Matemática 3 (a musa que me inspira para escrever o blog e não só, recebeu um mail com uma descrição bastante real e fidedigna do professor, que contém inclusive, uma regressão no tempo para saber as origens deste ser parecido com o Elmer Fudd (o porquinho dos Looney Tunes, está bem escrito porque fui ver como se escrevia no site oficial :oP)), somos avaliados na segunda hora mostrando o trabalhinho de casa feito... ninguém vê um boi daquilo! Apareceu lá um armado em Messias com os trabalhos todos feitos. Um tirou fotocópias... um outro tirou do primeiro, apareceram dois que por sua vez (...) até o nosso turno ter todo aquelas fotocópias. Aquela trampa estava toda mal :oS Não sei se o professor não está para se chatear ou se a versão por ele avançada é a mais correcta (as frases/perguntas "mas eu não expliquei como deve ser? Mas vocês não perceberam? É que vocês têm todos os mesmos erros, caramba!" levam a pensar que o professor não deve perceber que todos copiam por alguém que também não sabe o que faz... o que é um nadinha difícil, apesar dos "problemas" todos que o homem tem). Uns dão um bocadinho mais nas vistas que nem se apercebem que passam coisas sem nexo nenhum e trocam as letras:

Prof: então mas se começaste o cálculo com z... isto não é um r é um z!
Aluno: ou isso...

Estou para ver como me corre o exame... tenho que me agarrar de fé aquilo.


Outro acontecimento lindo, que ando à espera dele desde que entrei no IST, passou-se num anfiteatro do Pavilhão Central, mais precisamente no GA2. Acontece que a sala tem "cadeiras" daquelas com assento/tampo móvel para conseguirem pôr mais alunos em menos espaço. É incomodativo passar à frente de alguém sentado, por isso apareceram os caramelos que passam de uma fila para a outra subindo/descendo pelas cadeiras (eu também o sou obrigado a fazer por vezes, mas sempre com as devidas precauções :o) )... hoje um mais destemido, que por sinal era baixinho e ia com as mãos no bolsos mesmo à Indiana Jones, tentou a proeza de subir para a fila de trás... ia ele já com uma perna do outro lado quando reparou que, como tinha a outra afastada, não conseguia chegar ao chão. Aproximou mais a perna que estava ainda na cadeira e o assento levantou-se! e ele ficou com os testículos entalados entre o lado de cima e o de baixo... QUE FIXE!!! Fartei-me de rir e ele contorcido sem se conseguir mexer... só ao fim de uns bons 30 segundos é que conseguiu sair da posição em que estava para se sentar. Contado é capaz de não meter tanta piada, principalmente porque este parágrafo tem uma gramática meio labiríntica (a ânsia de escrever isto foi maior), mas até teve a sua graça...


Pronto... é só por hoje. Se houver motivo para tal, escrevo mais amanhã ou depois.

sábado, dezembro 06, 2003

Já está de volta o estupor da chuva outra vez... bah!
Ou ninguém lê isto ou ninguém me curte. Não escrevem nada nos comentários que ainda me deram algum trabalho a pôr no blog... ;o( (pronto... assim talvez se sintam obrigados a escrever lol. Se quiserem não metam o mail, metam só o nome.)

Hoje fui ao C.C. Vasco da Gama. Estava apetrechado de gente, fico a bater mal com tanta gente, só me apetecia andar à porrada. Não me conseguia mexer... só para terem ideia do que eu passei, estava na Worten quando de repente se atravessou à minha frente uma daquelas empregadas de calças justinhas, tentei decorar-lhe a matrícula arredondada mas espetei-me contra uma máquina de lavar roupa... bolas! Para piorar a cena apareceu-me um empregado brasileiro com ar de panasca a perguntar se eu pretendia alguma informação. De certeza que devem estar a fazer uma reedição dos Apanhados... vou aparecer na televisão a fazer figuras tristes.

Tive mais uma semana atribulada. Na quinta feira fui para o escritório de um colega do meu pai para lhe escrever uma peça no computador. Era suposto às 11 horas estar despachado, mas por cada linha que escrevia tinha que voltar duas atrás para fazer alterações. Acabei era quase uma da manhã, já com os olhos queimados pelo monitor (devia ter o brilho e o contraste nos 99% "para se ver bem") e pego no meu casaco. Até aqui tudo normal não fosse o facto de ter sentido uma bola de pêlo eriçado que emitia um som parecido a uma panela de pressão, não fiquei todo traçado graças aos meus reflexos relâmpago. O raio do gato do homem aninhou-se no meu casaco a dormir e, como são os dois pretos, não vi o bichano e agarrei-o à confiança.


Também vi as notas de Electrónica 1... que bonito. Em quase 300 alunos (não sei ao certo mas deve rondar este número) que foram ao teste, apenas 29 (vinte e nove!) entregaram, mesmo assim houve 10 negativas... faço questão que vejam a Página de Electrónica 1 . Convém referenciar que quem entregasse o teste não podia ir a um dos exames, mas não foi por isso que só 29 entregaram, senão as salas não tinham enchido tanto, deveu-se ao facto que 10 valores serem de uma matéria dada (apenas dada e não exigida no exame) na disciplina precedente (nunca tinha aparecido aquilo em nenhum teste de EL1) e os outros 10 valores serem das últimas páginas da matéria, que até agora só sairam em exames. Que porra... E o prof., que por sinal é cara chapado do Júlio Isidro (quer dizer... tens uns toques! Nada se compara com o verdadeiro Júlio Isidro. O prof. é semi-marreco e tem uma careca no alto da "mona", ainda tenta arranhar umas piadas, mas não chega aos calcanhares de um Júlio Isisdro... este deve "comer" porrada da mulher e depois vinga-se nos alunos, alunos estes que lhe garatem o sustento dos filhos que por sinal também lhe devem malhar com uma sacra determinação seguros que apenas estão a praticar o Bem (não há nada pior que um teimoso com boas intensões), eu pelo menos se fosse filho dele arreava-lhe com fé e convicção), ainda a gozar-nos quando ia de sala em sala, "ao menos façam um exercíciozinho, já que não o fizeram antes". Não venham cá dizer que foi falta de estudo (cá para mim os professores também deviam ser avaliados, e serem renumerados conforme o seu "aproveitamento". Os testes/exames eram feitos por outro prof. e dependendo das notas o homem era avaliado. Assim já não davam aulas desinteressados e com a mania de chumbar como forma de dizer que são muito exigentes... já apanhei profs. exigentes no IST mas explicavam bem e tinham um método de avaliação adequado às suas aulas e passei com boa nota.). Já tinha estudado para aquilo e mesmo assim fiz um feito épico, fui para o IST estudar num fim de semana a saí de lá a horas por mim impensáveis há uns meses atrás. No Sábado foi até às 3 da manhã e no Domingo até às 4... fiz os exercícios quase todos do livro do livro (aquela matéria da disciplina precedente não está lá e a última de todas não cheguei convencido que estava que não iria valer muito) e pela primeira vez estava a perceber o que estava a fazer. Levámos aquilo mesmo a sério, os únicos momentos lúdicos foram o "mic" (seguranças do IST com walkie talkie's, este que vem sempre "falar" connosco é especialmente enervante, deve ser o "mic 666") que foi lá "implicar" connosco ("Há aqui alguém que não seja do Técnico..? Então vá... cartõezinhos em cima da mesa!". falta aqui muito texto, mas tem piada é imitar a voz dele) e uma outra vez que olhámos para a janela e vimos um carro da polícia a estragar a "freguesia" a uma meretriz que estava a "atacar" de carro.

Como estas "mulheres públicas" têm veículo próprio eu queria propor que se fizesse o "Rally Das Rameiras" como prova substituta do Rally de Portugal.
Devia ser giro ver os carros cheios de autocolantes de publicidade, "Português Suave", "Preservativos Dia", " Toalhetes de Limpeza Rio Bravo", etc...
Para provas podíamos ter por exemplo : Intendente --> Monsanto, Monsanto --> Elefante Branco, Elefante Branco --> Parque Eduardo VII entre vários (metam sugestões nos comentários, ouvi falar que há "percursos interessantes" no Norte). Também se poderiam incluir umas especias: Saldanha (qualquer ponto perto do IST) --> Pensão (com prova de "perícia") --> Saldanha, ou uma prova de "perseguição" (em que a concorrente tinha que seguir o carro do "cliente")

Também me lembrei que se podiam subdividir em grupos as concorrentes (se houver muitas inscrições). A dúvida está se esses grupos deviam ser organizados pela cilindrada/potência do carro como num rally normal, se pela "especialidade" da concorrente (estou mesmo com conversa nojenta... não sei porque estou para aqui virado hoje). Enfim... deixo ao vosso critério e criatividade o regulamento e calendário bem como outras "inovações".


Como hoje não estou com muita disposição e capacidade criadora para escrever é melhor parar, não vá estar a dar uma imagem não muito apurada da minha pessoa.

Em melhores tempos "postarei" melhores coisas.
Até lá vão escrevendo qualquer coisa nos "comentários", talvez me dêem um bocadinho de força criativa... :oP

terça-feira, dezembro 02, 2003

Esqueci-me de referenciar que é impossível contrariar a opinião de um baeta. Porquê? Porque coincide sempre com a altura em que ele nos encosta a navalha... para além de não conseguirmos falar, é sempre "chato" irritar um homem numa altura destas.

Também é de notar que cada pessoa que passa em frente à barbeeiria tem uma vida privada complicadíssima repleta de hábitos sinistros. "Lá vai a Dª Antonieta... se o marido, pobre alma, soubesse da missa a metade... esta, é que anda com o advogado ali de frente. Ah pois..."

Falhou-me igualmente referenciar que o homem que estava a dizer mal do pão pouco depois de ter entrado começou a gozar com os que foram assistir ao jogo do Sporting (embora eu seja do Benfica, os do Sporting são aqui da mesma zona e devíamos ser amigos): "Eu no sofá e a ver aqueles otários ao frio... grandes palhaços!". Pois... acontece que o baeta era um deles. Estava enterrado mas continuou a esgravatar: "Atenção... não era uma crítica! Eu costumo dizer que quem corre por gosto não cansa!"
Claro está que o baeta, profissional como é, esperou por homem se sentar na cadeira, mais propriamente pela parte da navalha para recapitular: "Se aquilo não era crítica era o quê? Pode-se saber? Com que então otários hein...? Não se mexa olhe que ainda o corto sem querer..."

Hoje, como não meti os pés na escola e no fim de semana fui para Almoster e não fiz nada! (acentuar o "nada") apenas me desliguei de tudo o que me possa preocupar/aborrecer, estou particularmente inspirado.
Conclusão: ESCOLA FAZ MAL ! ! !
Afinal enganei-me... é "vamos devagar que eu estou com pressa".
E quem vem com conversas para mostrar que é ele que manda e que está contra o "que se passa", é aquele tipo de cliente da antiga geração. Aquele que apanha as conversas a meio e manda os seus bitaites embora estes estejam completamente fora do contexto. Ora vejamos:

Baeta: A Dª Aldina é que está um bocado em baixo com o frio... parece um papo seco.

Cliente: pois é... o pão anda uma m3Rd4. Ainda no outro dia fui comprar um casqueiro ao (infelizmente não me lembro da localidade que de certo seria bastante exótica) que era um casa onde antigamente ia lá com o comprade Zé, você sabe quem é! Foi paquete na casa do sr. Cristovão, homem muito rico... eu sei o que fazia com um terço do dinheiro dele... e a mulher? (...) e ao abrir o pão ao meio aquilo desfez-se tudo. Não há direito! Quando quero comer pão, sim porque para mim pão só o é com qualidade, porque você sabe que eu só como comer de qualidade (repare-se na forma errada como transforma o verbo "comer" num substantivo, em vez de se usar o termo "comida") (...) tenho que ligar o forno até ele ficar quente, e que rico forno este que comprei na loja dos irmãos Matias, gastaram muito dinheirinho nas meninas da casa da Gina e (...) e quando ele está quente meto para lá o pão. Só assim consigo comer pão

Baeta: hum... pois....
(...)


Também re-ouvi a hitória da morte do Xico (dono de um restaurante que tinha fados há uns tempos), o homem que sofria do coração, que tinha o seu problema agravado por problemas recentes, casou-se com uma "rapariga" de 50 e poucos anos (para os seus 70 e qualquer coisa, é rapariga). Pois... "carninha" nova e estando a par do comprimido azul, lá convenceu a farmacêutica a vender-lhe Viagra. Aperar dos avisos dos amigos junto dos quais se vangloriava , "olha que isso faz-te mal ao coração..." -" Porra! Ao menos morro consolado!", padeceu após mês e meio de ginástica acrobática.


Bolas, agora sem cabelo tenho frio na cabeça... e estou cheio de comichões. Como me mexo pouco por causa do frio e o único movimento que faço é para me coçar pareço um desses distintos trabalhadores que nos ajudam a arrumar o automóvel e que, supostamente, zelam pela sua integridade...
Por falar em automóveis... o Delta HF relâmpago já voltou às estradas depois de uma pequena estadia no preparador técnico (mecânico). A peça (tubo que leva a refrigeração ao motor e a mais não sei aonde... para o tirar tem que se tirar quase o motor. Informação para os mais interessados ou seja só eu :oP) acabou por não vir de Itália mas está encomendada... porra! Tenho um popó que precisa de peças que vêm de Itália... como os Ferraris. :o)

Vou fingir que faço qualquer coisa para não me virem pedir favores... :o) estou a brincar! Estou sozinho em casa.
Estar sozinho em casa às vezes é mau porque se torna doentio para alguém com um bocado de imaginação. Experimentem ir para a casa de banho de luz apagada, apenas com o mínimo de luz para se conseguir distinguir o branco dos olhos. Olhem bastante sérios para vocês mesmos e tentem imaginar que a vossa imagem se mexeu, ou que vêm algum vulto atrás de vocês... que fixe!
Ou então, tal como estou a fazer neste momento, imaginem que está alguém atrás de vocês enquanto estão a escrever no computador. Ou metam múscia alta e convençam-se que ouviram qualquer coisa a cair na cozinha, desliguem a música e apreciem o inquietante silêncio imaginando que um gigante ser de cor pálida em que o pouco cabelo que tem escondido escondido por baixo do chapéu de homem do lixo, é seboso, com jardineiras de talhante, botas de borracha e que, de cutelo na mão, se aproxima lentamente para o massacre... uma vez quando faltou a luz e levei isto a sério, tive que ir passear porque não conseguia estar em casa, tal era a quantidade de personagens que nela habitavam.
Outra cena muito má que fiz quando era pequeno, andava na primária, foi estar em casa a fazer horas para ir à aula de piano, e estava a dar no canal 1 um documentário sobre os últimos canibais no Amazonas... aquilo sim era o néctar da adrenalina. Fartei-me de correr dentro de casa para ir buscar a mala e cheguei com meia hora de antecedência à aula. :o)

Enfim... invento tudo o que for preciso para não ter que estar a estudar! Desde fome a vontade de ir à casa de banho, a já bastante desvulgarizada sede e hoje foi postar duas vezes.

É melhor não escrever mais nada porque lembro-me sempre de qualquer coisa para acrescentar.

'jinhos e abraços.
Acabei por não escrever mais nada ontem...

Hoje vou ao baeta. Para além de ser o local onde se corta o cabelo, também é um centro noticioso e de informação regional. Dependendo da aparência do cliente a ser atendido, ouvem-se grandes palestras sobre assuntos muito variados: o baeta encarna comentadores desportivos (o seu modo de pensar é baseado no que ouve aos Domingos de manhã na "reunião" à porta do estádio do seu clube. Para prevenir a escassez de clientes, nenhum baeta é do Porto), analistas de cenários de guerra ("O culpado disto tudo (repare-se na absoluta certeza) é dos espanhóis... eles pescam nas águas marroquinas e oprimem os árabes. Eles chateiam-se e mandam aviões contra as torres. Depois têm que ser invadidos claro está. São torcidos... só estão bem em guerra e a levar nos cornos."), psicólogo e confidente ("O meu amigo amigo pense bem no que está a fazer... não destrua a sua vida... eu sei que a outra tem mamas maiores, mas a sua mulher apesar de velha é rica... deixe-a morrer primeiro... se for preciso depois toma o viagra, homem!"), em casos mais extremos tem que passar por conselheiro espiritual ou mesmo exorcista ("Eu sei... a patroa lá em casa também era assim... tinha o belzebu no corpo era o que era! Mas foi remédio santo! Apanhei-a em casa sózinha sem os putos, que estavam com a avó em Linda-a-Velha, aproveitei o facto do nosso Benfica ter perdido e a arreei-lhe forte e feio, pronto! Acabaram-se as complicações... anda calminha e está sempre na cozinha sem chatear ninguém.").

Tem que estar sempre bem disposto com piadas "modernas", que embora sejam um tanto repetitivas, podem ser "aplicadas" em todas as faixas etárias - "Vamos com calma que eu estou com pressa", para dar um pequeno exemplo.

Lembro-me quando era mais novo ouvia a minha mãe dizer "Já tens 4 anos! Já és um homenzinho! Já não podes ter medo (eu não tinha medo... não curtia era quando ele me dobrava as orelhas todas ou me penteava por cima delas com aquele pente que me fatiava as cartilagens) do cabeleireiro" (as senhoras não gostam muito do másculo termo "baeta" ou "barbeiro"). Ainda hoje oiço essa lenga-lenga, mas como chatagem... "Já tens 20 anos já tens idade para [escolher uma das seguintes tarefas] :
a) Fazer a cama
b) Limpar o pó
c) Aspirar a casa
d) Ir não sei aonde buscar batatas porque as merceeirias da zona estão todas fechadas
e) ...

Qualquer dia arranjas uma rapariga e como é? Achas que elas querem rapazes que não trabalhem?". Quer faça as coisas quer não, há sempre qualquer coisa que falha... Era mais fácil pedir directamente e avaliar a minha disposição consoante a forma como fugia à questão.



Os meus colegas amigos dizem que as "amigas" gostam de rapazes com cabelo assim como eu tenho (à cão :o) ) porque é como os "coninhas" (palavras deles, não minhas)com graveto têm... também reconheço que com esta medida de cabelo posso fazer headbanging (para quem não sabe é "abanar" a cabeça ao som do purificador metal sem ficarmos tontos, fazer tipo hélice com o cabelo é o mais fixe, sem algum cabelo e sem muita prática para não lixarmos o pescoço todo, não dá....) com uns efeitos fixes no cabelo. E ainda por cima está frio... vou tirar o meu gorro natural. Também não devo levar nenhuma carecada. Depende muito das vezes que o baeta se engana a cortar e que tem que equilibrar do outro lado.

Logo se vê.


PS: Meti música aqui no blog. Fica muito pesado/demora muito tempo a carregar? A música "come-se"?

segunda-feira, dezembro 01, 2003

Boooaaaa Taaarrrrde!

Cá estou... cheio de frio. A minha casa em Lisboa é mais fria que a de Almoster que, para além de ser mais no interior, tem paredes com quase um metro de espessura. Vou omitir o facto de ter dormido com uma camada de 6.5 cm de cobertores o que dificultou bastante o trabalho dos pulmões, como me falhou o oxigénio ao cérebro adormeci que foi um instante. Também não convém muito dizer que tenho a sola das pantufas deformadas por encostar tanto os pés à lareira... "Cheira a borracha queimada!" - "Fui eu que meti um bocado de pneu na lareira para dar cheirinho à casa!". O que importa é que estou com mais frio do que tinha lá. Até suporto bem o calor. No verão é só noticias de pessoas a desmaiar com o calor e eu andar descontraido (não confundir "descontraido" com "completamente atazanado pelo calor").

Ainda por cima há uma cabala contra mim cá em casa (Lisboa)... Tenho umas 6 camisolas de pijama no roupeiro e nenhuma tem calças... quando entro na cama até a pelugem do músculo nadegueiro aplaude pela bravura (para evitar dizer que "Até os pêlos do cú batem palmas").


No último blog estava mesmo péssimista... não sou assim tão apedrejado pelos meus amigos na escola (há que saber distinguir colegas de amigos, embora possam ser os dois, não estava a falar dos amigos no post), há quem goste (recebi um mail e uma mensagem para me relembrar disso) das minhas músicas e do meu blog, dos amigos aceito criticas porque, com certeza, são feitas com boas intenções, agora de colegas que só sabem mandar abaixo (também ando a merecê-las... só estou bem a contrariá-los e a contradizê-los. Também é agradável trocar comentários com o colega amigo do lado sobre o da frente com a clara intenção do da frente ouvir... é a minha veia de bandido) é que fico um bocado lixado.

Adiante.


Morreram 7 espanhóis no Iraque... GNR portuguesa agredeceu pessoalmente à guerrilha por tão nobre feito. Eheheh... Estou a brincar. Não me apetece divagar sobre a guerra do Iraque.


Tenho os dedos entorpecidos do frio e não me apetece escrever mais.
Mais daqui a um bocado sou capaz de relatar os tempos em que ia ter com os meus avós ao Hospital Júlio de Matos (eram lá enfermeiros... nada de tirar ilações sobre a origem da minha maneira de ser e consequente comportamento).

Até já.

sexta-feira, novembro 21, 2003

Já passou tanto tempo desde o último post.. txiii! lol

O tempo tem sido como um rastilho, curto e a arder depressa para caraças. Passou-se tanta coisa entre estes meus dois posts, tanto atentado suicída árabe, ainda hoje em Istambul que conta, na hora deste post, com 27 mortos. Pois... apoiar o sr Bush é bom... controla a população e dá para arranjar noticias espectaculares. O preço do petróleo é que é continua a subir... todos aqueles que apoiaram a guerra à "tirania do regime ditatorial de Saddam", às "armas químicas" e aos "focos de terrorismo no Iraque" à espera de petróleo mais barato continua na mesma ou pior com ameaças terroristas, que agora sim são verdadeiras. Acreditaram que o tio Bush vos ia dar regalias... ele quer os berlindes só para ele. O sr. Durão Barroso como é esperto diz que Portugal apoia, ou melhor ele apoia, o que o resto do povo pensa não interessa. Ainda antes do 11 de Setembro já o pistoleiro do Texas falava no Iraque, ainda o Clinton estava no poder, já ele implicava com o Iraque, com o quê ao certo nem ele próprio sabia, mas que o Iraque tinha que levar, tinha... o petróleo do México qualquer dia acaba, a Rússia manda os USA chuchar no músculo do equídeo (também conhecido por "quinta pata do cavalo") e o Iraque é pequenino. Que mundo da treta.


Chega de baboseiras, vamos lá ao que "importa" e nos mantém distraidos.

Já não é a primeira vez que me tenho intrigado sobre a origem do traulitar de música fatela que, geralmente, fica no ouvido ou que está algures alojada na nossa memória. Porque raio é que quanto mais embaraçosa é a música, com mais entusiasmo nós a cantarolamos, principalmente no refrão? Ainda hoje, acho eu (perdi a noção dos dias), fiquei o dia todo com a "Canção de Lisboa" a fuzilar-me o inconsciente porque dois romenos a tocaram no metro... um com um acordeão de circo e outro com uma pandeireta na mão e com as fraldas da camisa de fora. Eu a subir as escadas da estação do Saldanha e a vibrar com a parte do "Cheira bem! Cheira a Lisboa..." porra! Tudo a olhar para mim com olhar de "onde estes gajos costumam estar, é na Av. do Brasil". Olhar de difícil execução, perigosíssimo, leva todos os anos centenas de inexperientes aos bancos dos hospitais (são estes mesmos os que esvaziam as máquinas das sandes e os primeiros a tirar os chocolates todos, deixando apenas aqueles croissantes de queijo manhosos e "madalenas" empetrecidas pelo tirano tempo, também costumam roubar/levar para casa as únicas revistas decentes que estão lá naquela mesa redonda e desequilibrada mesmo no meio da sala de espera, algumas são autênticas relíquias para alfarrabistas ex: Mulher Moderna de 1968 em que a dª Etelvina da Conseição questiona a "doutôra" se "enfarziganhar" sem ser na cama debaixo dos lençois de flanela e dos cobertores se "sarrapilheira" e no escuro é pecado e faz com que o catraio/cachopo nasça possesso pelo maldito e com bossas na testa) por deslocamentos de retina e rotura de ligamentos na córnea (regresso fenomenal ao que eu estava a escrever... admitam que tiveram que voltar atrás para relembrarem o que estava a escrito).



Tinha mais cenas para escrever mas já é tarde e amanhã há mais um dia de escolinha... alguns teimam em chamar de faculdade, mas é um termo que transpira tanta responsabilidade que não estou mentalmente preparado.


Muitas jokinhas para a cara-linda a quem dei pessoalmente o endereço deste blog e me levou a escrever isto, e abraços aos amigos (que me lembre dois) a quem também dei pessoalmente o endereço. Não simpatizo assim muito divulgar isto na escolinha porque grande parte do pessoal tem uma mão critíca muito pesada com tendências destructivas... "cura-te" e "tem mas é juizo" são altamente desmotivadoras. Quanto menos eles souberem de mim melhor. Não estou a fazer-me de vitíma porque levei músicas feitas por mim e só arranjavam defeitos, nada era bom. De certeza que nem metade daquilo faziam... mas enfim. Eles com o 5º e 6º ano a aprender a tocar pífaro/flauta querem ensinar-me a mim (e aliás... ainda sei tocar flauta, dúvido que alguém lá ainda consiga, até a levei para o Algarve para furar tímpanos com rajadas de 20 Hinos da Alegria tocados de seguida)... não vou dizer que tive aulas de piano, principalmente nunca irei dizer que foi desde os 4 anos e meio (aos 5 já tocava o Freire Jaques (lol não sei como se escreve, mas tem uma justificação... na altura eu também não sabia ler texto, apenas sabia ler as pautas simples)) e que só parei no 11º ano, os últimos anos foram aulas muito suaves. Também dei aulas de piano recentemente e pagavam-me! Sou mesmo uma talentosa criança criativa e cheia de potencialidades... às vezes espanto-me comigo mesmo.

Falta de humildade é feio... mas foi apenas uma descarga para aliviar a tensão.


Entretanto vejo-me obrigado a despedir outra vez... :o)

*********+* e [[][]] lol

PS: wow... tenho "leitores" em Beja! Grande abraço e beijinhos para eles e elas respectivamente (frisar o "respectivamente" não vá algum ter tendências complicadas ou sexualidade alternativa). Saber que amigas de Enfermagem podem estar a ler este blog dá-me outro alento para escrever "inspirativamente". Exactamente, a palavra missionária está a ser espalhada com bravura pelo continente lusitano com a ajuda de um heróico mecenas. Se alguém ler isto perto de Badajoz que me traga caramelos com pinhões que é das poucas coisas que os espanhóis sabem fazer de geito.

segunda-feira, novembro 10, 2003

Hoje voltei a acordar completamente atordoado... um conjunto de vários factores contribuiu em grande parte para que tal acontecesse. Entre eles destaca-se o facto de ter dormido quase 12 horas e de ter acordado com o cérebro inchado. Tive que meter uma ligadura à volta da cabeça não fosse o crânio estalar ou mesmo rebentar, com a pressão. Dormir muito e acordar numa segunda feira com uma semana inteira de aulas (e teste no sábado) pela nossa frente faz com que o nosso sistema entre em sequência de auto-destruição impedindo-nos de nos mexer, obrigando-nos a ficar paralizados na cama e começamos a perder sensibilidade no corpo. Outro promenor curioso, e verdadeiro, levei a noite toda a sonhar que estava a fugir de um urso Grizzly, aqueles castanhos mesmo muito grandes e violentos "comó caraças me lixe", que estava abandonado aqui na zona. Exacto, se costuma haver cães abandonados, porque carga de água é que aqui não podemos ter um urso abandonado? Até fica bem... já que estou num considerado "bairro fino". A porra toda é que o urso só me perseguia a mim. Ainda por cima trepava às árvores melhor que eu e estava em fase de pré-hibernação, ou seja, estava na engorda. O que é que o (4BR40 do urso via em mim não sei... até sou para o fininho (ou é genético da parte do meu pai, come que se farta mas continua magro , ou é por eu comer com velocidade "moderada", hum...pois (",) que engraçado que eu sou). Fica também aqui um pequeno advertimento para todos aqueles que dormem muito ao domingo, ao acordarem não vejam os documentários sobre a vida selvagem, a mim causou-me este trauma. Depois, tal como descrevi no primeiro post, não consigui tomar decisões e estava a ser completamente controlado por uma força oculta que me passeava pela casa... desta vez adormeci de olhos abertos em pleno banho. Quando finalmente consigui recuperar um bocadito de consciência, deu-me a fome. Enchi o bucho até me faltar o sangue à cabeça e os bombeiros entrarem-me pela casa a dentro para me irem ligar à máquina para aguentar os meus sinais vitais e poder continuar vivo. Também me reforçaram a ligadura na cabeça com talas de Kevlar.

Até à próxima.

domingo, novembro 09, 2003

Após a minha última dissertação antropológica, causada em parte pela influência negativa do mau tempo sobre a minha pessoa, não sei sobre o que hei-de escrever... ou melhor até sei, não sei é como hei-de levar a ordem de pensamentos até lá para parecer uma coisa natural. É que estas ideias expostas assim à "queima-roupa" podem transparecer más influências do sumo da cantina (Portugal, a seguir à Holanda, é o segundo país onde o consumo de tais bebidas é permitido, inda por cima numa faculdade, bolas...). Se as discotecas, dance-clubs, rave parties (...), bares de alterne, (...) and "soióne", sabem da existência deste milagre da feitiçaria Shaman, invadem o local de peregrinação onde "maxeias" (mãos-cheias) de estudantes afluem todos os dias durante um ritual chamado almoço. Rapidamente levam à "alucinação cósmica" milhares de portugueses (não simpatizo com o termo "tuga" porque é utilizado pelos brasileiros para nos ofender) ao comercializar, a preço bastante avultado, este exilir psicotrópico. Imagine-se na passagem de ano, como seria... uns dançavam até deixarem de ver vultos, outros lambiam as paredes, outros ainda, os de pior estado, assustavam pássaros e batiam palmas enquanto imitavam o som de ovelhas em pleno largo da Ericeira. (hum... não percebi :o) )


Já que estamos a falar de passagem de ano... já me estou a preparar para brilhar em qualquer festa de fim de ano que vá.

[Advirto todos os leitores que na minha infância, mais propriamente durante a primária, fui bastante influênciado pelos Guns n' Roses, nomeadamente quando saiu o "Use Your Ilusion I/II", ou seja, por volta de 1991. Como tal via, juntamente com os meus antigos vizinhos da frente e sem censura dos nossos pais, ou melhor, às escondidas, os clips e concertos dos Guns... o estilo do Axl Rose e do Slash ficou gravado no nosso cortéx (não me interessa e não quero ouvir palestras se o cortéx tem ou não tem nada a ver com a memória). Era todo um guarda roupa que nos fazia pasmar e dizer "wow! estes gajos é que percebem", independentemente se eles apareciam em tronco nu só com uns calções de licra brancos (que em qualquer outra criatura humanóide extrairia os comentários "Bicha"/"Homosexuallis Rabilus" ou "Rameira"/"Pêga") e com um lenço na testa, ou outras formas de vestuário. Esta breve introdução deverá dar uma pequena explicação a todos aqueles que perguntam onde raio fui buscar tais ideias para roupa descrita em seguida]


Este ano, ou para o próximo... porra! de 31 de Dezembro de 2003 para 01 de Janeiro de 2004, vou apresentar-me da seguinte forma:

Vou ver se arranjo um chapéu de vaqueiro com lantejolas rojas. Vou vestir umas calças de cabedal feitas de teta de cabra virgem, justas para sobressair o tamanho do meu nárdulo tarolo, a zona das verilhas estará apetrexada de lantejolas douradas. Como calçado, e por cima de meia (estive aqui a tentar arranjar um diminutivo de meia, mas para evitar mais um erro ortográfico decidi escrever na forma "normal") branca, botas em bico feitas em pele de pixa de boi curtida à chapada, atrás, e para fazer de barulho ritmico, meto umas esporas em prata. Para cima é que é pior, estou indeciso. Será que vou em tronco nú, apenas besuntado com o famoso bálsamo de abacaxi com leite de colibri e com duas folhas de louro (também podia usar uma coroa de louro em vez do chapéu) a cobrir-me os mamilos. Se começar a ficar frio vou buscar o meu colete de pele de pitón. Se ao sair dos meus aposentos estiver frio, vou então com uma camisa de folhos preta e com um grande crucifixo ao peito. Se depois durante a animação começar a ficar com calor, tiro as calças e ficou apenas com uma simples tanga fio-dental em pele de chita e com cauda, não falhando as tradicionais lantejolas douradas à frente na zona das virilhas. Possivelmente usarei uns óculos raibantes (Ray Ban) à 80's Michael Jackson, grande e prateados/espelhados nas lentes, logo verei.


Para arrasar todos aqueles que têm a mania que sabem dançar e parecem mexer-se com molas a prender-lhes os mamilos, vou aproveitar todos os ensinamentos tirados da escola de "A Lenda". É uma escola feita da parceria do John Travolta com o Elvis Presley, dois pesos pesados que muitos consideram apenas mitos que nunca existiram. Apenas vou dar um pequeno exemplo do que os vai esperar... dançar com calça justa e com o rabo impinado faz com que todo o gineceu bonito (se repararem chamei de flores as raparigas... :o) ) sucumba aos meus encantos.



Já estou farto de divagar... comecei com a ideia de escrever uma coisa e vim dar a isto.

Já só escrevo uma vez por semana para não me fartar e mesmo assim... pronto, pronto, é porque não tenho tempo :oP senão não largava esta mania que se apoderou de mim que sei escrever.



************** às donas e []'s para os cavaleiros.

PS: para todos aqueles (porra, só 3 ou quatro (lol, o três numéricamente e o 4 por extenso, aqui ficou o vice-versa :oP ) é que lêm isto porque é que estou aqui como se estivesse a falar para uma grande massa... que eu saiba só dei este endereço a uma amiga, que por sinal é muito engraçada, e a mais dois amigos meus que nem sei se lêm isto. Boa... entretanto já não me lembro o que ia escrever no postscriptum/postscript... ah! já sei) que notaram que ando a escrever com palavras mais cuidadas, tudo se deve a ter descoberto o dicionário online da Texto Editora (http://www.priberam.pt/DLPO/) que dá muito menos trabalho a utilizar que o convencional de papel. Aqui fica um pequeno agradecimento implícito. Mesmo assim devem-me ter falhados uns acentos ou umas palavras que penso que sei escrever. As minhas desculpas por tal falha.

Já agora... será este o espirito de um blog? É este o tipo de texto que se quer ou era suposto escrever? Eu só escrevo o que me vem à cabeça... não estou preocupado em seguir um padrão ou conjunto de regras.

segunda-feira, novembro 03, 2003

Não estava para escrever nada no Blog por causa dos últimos acontecimentos mas não pude deixar de testemunhar esta maravilhosa noticia que fará as delicias a todos aqueles que se interessam por antropologia... isso mesmo, foi descoberta uma múmia de um Australopithecus Africanus (bastante similar ao Australopithecus Bosei mas mais feio) em excelente estado de conservação. Foi descoberta na Damaia pela população local, estava dentro de um poço e com as mãos nas orelhas. Estudos posteriores e profundos levaram a concluir que tal procedimento foi feito numa tentativa infrutífera de não se afogar. Acto que não espantaria, alguns macacos ainda hoje o fazem quando caem ao rio, não fosse o facto de a água não ter mais do que 70Cm de altura, a avaliar pelas marcas na parede, e a horrivel criatura ter cerca de 1.70m...

Se tivesse que escolher um parente humano nesta árvore antropológica que eu gostaria de ser, escolheria sem dúvida alguma o Neanderthal. Só a palavra "Neanderthal" exala um cheiro mistico de bravura e bestialidade. Só de pensar que podia participar naquelas caçadas ao mamute e matá-los à paulada... ou se eu fosse mais crescidinho asfixiá-los por estrangulamento, que sonho. Mijar de espada em riste e a correr numa vasta planicie enquanto traulitava a " The Clansman" de Iron Maiden - "freedom... freedom...".

Imaginar-me um homenideo com 2.30m (todos os fosseis que foram descobertos até hoje de certeza que pertencem a crianças visto que não foi encontrado nenhum com mais de 1.20m) com uma capa feita de pele de urso e um capacete que não era mais do que meio crânio de búfalo... se pensarem um bocado reparam que eu já era um membro influente na tribo. Porquê? Porque senão o fosse o búfalo tinha sido morto à paulada e quando assim o era, não descançávamos enquanto ele não estivesse completamente triturado.

Quanto aos invasores, eram apedrejados nos joelhos e espézinhados até que com eles se pudessem pintar as paredes da maior gruta, que estivesse por pintar, de vermelho.

Para marcar território... era fácil. Delimitávamos a área com macacos empalados a servir de fronteira. Precisariamos de muitos? Pergunta o curioso leitor... só precisávamos de um. Porquê? Não tem nada que enganar, nós, espertos como éramos, sabiamos que a terra era redonda. Como todo o globo era nosso (na altura ainda catapultámos uns quantos para tentarmos chegar à Lua, mas foi em vão porque eram mt pesados e dp chegavam cá abaixo e partiam muitas árvores) só precisavamos de um "pilar" por uma questão de humildade... uma espécie de R\{0}. Por uma questão de higiéne (era mais uma questão de matar tempo e não só) renovávamos o simio com bastante frequência.

Para os trabalhos de contrução de templos ou de edificios maiores, tinhamos uma pequena criação de Australopithecus Africanus com a sua tão conceituada e reconhecida "força movida a bananas", a "imbatível" na relação qualidade/preço. Os mais trabalhadores e obidientes eram recompensados com cubos de açúcar e duas palmadinhas na carapinha. Deve ser tem em atenção que não se deve puxar muito por eles. Seguir sempre o manual do representante no que respeita ao número de chibatadas por minuto a administrar.


Após este breve expor de ideias, vou dormir.
Saudações a todos os que gostaram desta leve abordagem à Antropologia. Os que não gostaram que ardam eternamente nas intensas chamas do profundo Inferno.

domingo, outubro 26, 2003

Após ter reflectido um bocado sobre a minha existência deparei-me com a seguinte dúvida,

Serei bandido? ("bandido" palavra maravilhosa, depois de Ninja era a profissão que gostava de ter. No infantário isto das profissões era bastantes simples : policia, ladrão/bandido, bombeiro e palhaço. Não havia cá "relações públicas estrangeiras", "técnicos de públicidade industrial" e outras mirambulantes profissões (escrevi isto no fim e não consigo, por agora, lembrar-me de profissões que não lembram ao Lucifer) Só na primária apareceu o conceito de "ninja" com o triunfante e pródigo aparecimento das Tartarugas Ninjas. Ainda havia uns, de longe a longe, que falavam em serem engenheiros mas lucidamente nos uniamos para os trancarmos no armário mais próximo. Não queriamos misturas. "Adelante"...)


Os outros trocam as cores das canetas dos estojos dos colegas, eu parto os bicos dos lapiz, fazendo questão que o afia tenha um paradeiro incerto, ou divido em pequenos pedaços as minas da lapizeira.

Faço um esforço desumano para dar traques nos elevadores, de modo a dar aroma aquela que de certo será a 438ª melhor invenção a seguir à roda.
Também é "giro" alterar os comunicados lá afixados, principalmente datas importantes.

Bato palmas fervorozamente e com alegria quando cai qualquer coisa que se parta na cantina, deliro quando é um tabuleiro.

Lanço grandes morteiros (bater com a mão a "todo o vapor") nas portas da casa de banho sabendo que alguém está lá dentro tentando exorcizar a pressão do quotidiano na forma liquida ou mesmo sólida e, se houver possiblidade/oportunidade, apago a luz no primeiro impacto. Será que do outro lado começam a mijar às pinguinhas? Ia a dizer que outra coisa voltava à rampa de lançamento mas era estar a falar de "matérias" demasiado "acagalhoadas"...


Quando vejo uma senhora de idade % (vai desde a idade de ter a carta (que por mim devia ser nunca, estou a brincar... as raparigas conduzem bem e sem elas nas companhias de seguros não haveria trabalho... mais uma piada) à idade de estar num lar, eh pah... hoje estou mesmo ínspirado :o), o pior é que sei que raparigas lêem isto... ups!) % ao volante com ar de estar desorientada ou em pânico, tento acalmá-la com prelongadas buzinadelas e com insistentes sinais de luzes, levantar os dois braços com ar de fulo e mexer os lábios como se estivesse a falar também ajuda. Sei que elas adoram e isso faz-me sentir feliz ;) (tem que ser lido com voz de anúncio da Kinder) Por falar em histórias de automóveis, uma vez na Av. de Roma um turra (a pé) atravessou-se à frente vindo do nada a olhar com ar de esperto numa de "vais ter que travar sócio"... pus o carro em ponto morto e acelerei quase até ao red line. Desconheço no entanto porque é ele mudou de cor e desatou a correr... inexplicáveis fenómenos da era moderna!


Quando passo ao pé das obras apenhadas de turras (mais uma vez os "coisos" são motivo de história, incluiu-os tanta vez que seria sacrilégio considerarem-me racista), e por recomendação de um grande amigo meu, circulo devagar e aceno. É sempre agradável ver os nossos amigos primatas com ar de desconfiados enquanto respondem acenando também. Têm expressões tão humanas que até me gelam as paredes do estômago. (Eu ia escrever africanos em vez de "simios" mas a tecla 'f' não estava a funcionar devidamente na altura, estou a brincar... (não vá os sócios do Olho Vivo lixarem-me o juizo.))


Na natação quando chega a altura de ir buscar o cabide, toco sempre no ombro oposto da pessoa que está ao meu lado para lhe passar à frente independentemente da idade dela, mesmo sendo acompanhante dos putos. Ao nadar, assim que apanho o que estava em último (se lerem com atenção e após breve reflexão reparam que para apanhar o último tenho que ser o primeiro a sair) começo a dar-lhe palmadas na sola dos pés para o deixar tranquilo :o), após convite para passar à fente: "Não não, vai na boa. Eu é que me distraí e toquei-te sem querer!", claro que continuo a fazer isso por mais uma volta ou outra. Se estou a nadar costas tenho o cuidado de a meio da piscina começar a nadar mais devagar para o que está a seguir se aproximar para depois bater vigorosamente com as pernas de maneira a refrescar-lhe a cara (leia-se focinho) e proporcionar-lhe uns bons segundos a engolir pirulitos.


De certo que num filme de cowboys estava condenado a morrer cedo com uma daquelas balas que é disparada para a direita e eu caiu do lado esquerdo ou então daqueles que aparece logo preso e apenas serve para mostrar que a cadeia está cheia e que a comida não presta (geralmente desenterro baratas por entre o feijão com cebola). Um dia serei um daqueles que só morre no fim... um dos maus com estilo que mata bons com fartura e que é uma das figuras principais. Um daqueles que chega ao Saloom e tudo se cala petrificado de medo e terror, que cospe para as botas do Xerife e dá palmadas no barman como pagamento da bebida. Que mete o mais parolo a dançar ao sinfónico e melódico som da bala. Aquele que apalpa as bailarinas com a mão aberta e com tanta força que saem bordas por entre os dedos, enquanto emite um grunhido monossilábico e de tom grave.
Num filme do Bud Spencer e do Terence Hill (esses magos da fita de cinema) só apareceria em cena para comer porrada da boa (chapadas com as duas mãos ao mesmo tempo e murros na testa com a base da mão, não esquecendo os encontrões "tola-tola" contra outro "mau" ou a cadeira pelos "cornvs" abaixo que tão caracteristica é...). Mas um dia serei como a mente do assalto a Nice. Estrondoso... fazer um piquenique e ouvir música clássica dentro de um cofre enquanto se faz a selecção das joias a levar é de génio... investiguem que vale a pena saber a história toda.


Bom... já me estou a dispersar mas como já estou com sono e não consigo lembrar-me de mais factos reais (com voz do Artur Albarran, já agora... que é feito desta tacanha criatura?) acabo por agora.


Com o pouco que escrevi fiquei sem saber a resposta... acho que até sou bom rapaz, um pouco avariado do juizo, mas bom rapaz.

domingo, outubro 19, 2003

Viva,

Hoje comecei mais ou menos bem o dia :oS
Acordei atordoado depois de 12 horas de sono e, após uma luta infindável para conseguir sair da cama (a gravidade atingiu hoje niveis cósmicos na zona dos cobertores), segui-se uma série de tentativas para acordar o cérebro.

Comecei por tentar tomar banho. Como sou pobrezinho e não tenho esquentador inteligente, fui para ligá-lo... dei por mim na dispensa completamente imóvel a tentar perceber o que lá estava a fazer. Num breve acesso de consciência lembrei-me que ele está na cozinha e para lá tentei dirigir-me não fosse o facto de ir ter parado ao quarto. Porra!
Após umas engraçadas visitas pela casa lá consegui tomar banho. :o)

Como é Domingo decidi dedicar-me às minhas ginásticas. Peguei nos candeeiros que tenho cá para casa e apontei-os à cara juntamente com um ventoinha para dar aquele ambiente "Marés Vivas". Sem ele jamais se conseguiria fazer ginástica "a la Mitch".
Pus-me em tronco nu e espalhei bálsamo de abacaxi com leite de colibri no meu corpo de atleta greco-romano. Fiz um abdominal com um ar sério e a olhar para o horizonte (faixa de candeeiros) não esquecendo o cabelo a levantar por causa da ventoinha. Imagine-se a cena em câmara lenta e com música do Michael Bolton como música de fundo. Após ter feito esse abdominal mudei de posição para a fotografia. Repeti o feito por mais 2 ou 3 vezes e fartei-me. Por hoje já chega de ginástica.

Isto de escrever sem ser para alguém especifico limita-me um bocado a imaginação... mas se "trénar" (treinar) todos os dias devo safar-me...

Beijokas para kem tem direito a elas (só para raparigas e sem excepções para rapazes) e abraço, um apenas e com as partes púbicas afastadas pelo menos 1.27 metros para os rapazes.

Tiago :o)