sexta-feira, junho 10, 2005

Pátria a Saque

- 14 polícias racistas e de extrema-direita agridem indiscriminadamente de forma bárbara e cruel jovem africana, numa praia em Carcavelos. Crianças que brincavam no local da ocorrência safaram-se por pouco.

- Invasão de privacidade por parte de jornalistas fascistas a banhistas muito bronzeados é afastada de maneira pacífica.

- Pequena manifestação cultural organizada por 500 (apenas meio milhar) jovens africanos é corrida incompreensivelmente à lei da bala e do cacete. Opressão e censura ainda existem!

- Comerciantes, polícias e presidentes de Câmara acusam africanos sem motivo. Alerta racismo!



Pronto... é deste tipo de coisas que muita gente quer acreditar que lê nos jornais. A verdade viu-se que é outra! "Esqueceram-se os tempos da ditadura quando o governo não permitia manifestações das classes oprimidas, escravizadas e teimava em manter uma sociedade injusta" e eles manifestaram-se e mostraram o que lhes vai na alma.

Eu nem procuro argumentos, não quero! Infelizmente esses argumentos a que me refiro vêm ao meu encontro e nem preciso de divulgá-los, eles divulgam-se por si próprios em primeira notícia de todos os telejornais nacionais. Senti uma revolta e uma raiva de dimensões infinitas pela minha impotência perante tão acérrimo problema. mas eu também estou alucinado com ideias que deviam ter morrido há 60 anos atrás...

Tem "piada" é todo este aparato ter-se passado no dia de Portugal (pode-se considerar até um feriado xenófobo... cuidado!) terá sido ao acaso ou foi numa de humilhar ou um atentado à nossa soberania? Isto de calar os de cá e dar força às minorias está em nítida ascendência. O verdadeiro problema é ser-se demasiado indulgente com estas gentes.

Desta vez foram apenas só 500, quando forem mais aí sim, é preciso cuidado e começar a pensar em tomar medidas. Mas não actuar, é só pensar em começar. porque não é nada de grave, este ano ainda só morreram 4 ou 5 "bófias" que bateram nos "meninos que são uns anjinhos", e para não falar nas largas centenas que ficaram feridos, alguns com gravidade. Alguns comerciantes insistiram frequentemente que estes "arrastões" são frequentes embora com grupos de apenas 50... só.


Mas há algo que me inquieta e muito. Será que os das pulseirinhas foram poupados? Oxalá que sim. Mas estou mais convicto que de nada serviram porque já sabemos quem são os verdadeiros racistas. Até sou capaz de acreditar que essas pulseiras foram atiradas ao mar em forma de promessa... não sei.
Anti-racismo está na moda, até já o foi dito num anúncio de umas pulseirinhas da concorrência.
Recordo, ainda mais uma vez, que a principal característica que distingue um racista de todos os outros que atentem contra a integridade física e/ou psíquica de outro(s) de outra(s) etnia(s) é a sua cor de pele mais clara.

Relembrando as jovens (que me obrigaram a aumentar o brilho no tuvisor para lhes conseguir discernir as feições da cara), aquando da entrevista para a televisão, que mostraram grande preocupação com as crianças que brincavam na praia quando os 14 polícias tentaram fazer frente a 500 (é preciso "tomates"), mas esqueceram-se do que os 500 seus semelhantes fizeram antes da chegada desta pequena força policial?

Pode-se dizer que não eram só marginais de origem africana (o que inclui até os descendentes dos que nasceram cá), mas os únicos ditos caucasianos nas fotografias estavam a correr à frente dos ditos "pretos".

Bom, para terminar, a única solução harmoniosa que encontro é sairmos todos do nosso país e deixar isto entregue aos "bichos". Aí eles podiam ter o "Nzingalis" (nome do país que estava nos planos de um grupo de "doutorados" (segundos palavras dos mesmos) que pretendiam criar um Estado, cujas fronteiras, a Sul, chegariam a Sesimbra/Setúbal, a Este, a Benavente e Cartaxo e, a Norte, às Caldas da Rainha e Rio Maior. No seu interior ficariam, naturalmente, Lisboa, Cascais, Sintra, Setúbal, Almada e Torres Vedras. "Ainda por cima são finos os gajos". De recordar que o SOS Racismo prontamente acusou os de extrema-direita de terem criado a página com a mensagem, demonstrando que não acreditam que certas criaturas tenham capacidades para tão engenhosa artimanha) e nós não levávamos com aquelas palavras acusadoras que não se podem dizer para não ferir susceptibilidades e melindrar idiossincrasias.


Isto até é muito perigoso para outros africanos e seus descendentes (e outras etnias) que se encontrem no nosso país porque serão olhados como criminosos e marginais, que não são. Pois também eles são vítimas destes actos criminosos e com a agravante de serem vistos como um estereótipo de culpado. É igualmente importante não confundir marginais e criminosos com etnias e emigração embora estejam muitas vezes relacionados, também há gente boa. Também volto a salientar que não sou racista, tenho amigos de várias etnias e sublinho a palavra amigos pois não são meros conhecidos.

Eu tinha já outras ideias para outro post, um menos mau e polémico, mas fui previsível e escrevi este que piada não tem nenhuma. Poderia até desenvolver a ideia de um comentador que referiu a compra de material roubado e vendido em feiras e afins, uma forte forma de patrocinar o crime (se não houver comércio para estas coisas estou crente que os assaltos iriam diminuir um pouco), mas não o vou fazer para não tornar este post maior. Mas agradeço todos os comentários, sem nenhuma excepção.

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