terça-feira, dezembro 02, 2003

Afinal enganei-me... é "vamos devagar que eu estou com pressa".
E quem vem com conversas para mostrar que é ele que manda e que está contra o "que se passa", é aquele tipo de cliente da antiga geração. Aquele que apanha as conversas a meio e manda os seus bitaites embora estes estejam completamente fora do contexto. Ora vejamos:

Baeta: A Dª Aldina é que está um bocado em baixo com o frio... parece um papo seco.

Cliente: pois é... o pão anda uma m3Rd4. Ainda no outro dia fui comprar um casqueiro ao (infelizmente não me lembro da localidade que de certo seria bastante exótica) que era um casa onde antigamente ia lá com o comprade Zé, você sabe quem é! Foi paquete na casa do sr. Cristovão, homem muito rico... eu sei o que fazia com um terço do dinheiro dele... e a mulher? (...) e ao abrir o pão ao meio aquilo desfez-se tudo. Não há direito! Quando quero comer pão, sim porque para mim pão só o é com qualidade, porque você sabe que eu só como comer de qualidade (repare-se na forma errada como transforma o verbo "comer" num substantivo, em vez de se usar o termo "comida") (...) tenho que ligar o forno até ele ficar quente, e que rico forno este que comprei na loja dos irmãos Matias, gastaram muito dinheirinho nas meninas da casa da Gina e (...) e quando ele está quente meto para lá o pão. Só assim consigo comer pão

Baeta: hum... pois....
(...)


Também re-ouvi a hitória da morte do Xico (dono de um restaurante que tinha fados há uns tempos), o homem que sofria do coração, que tinha o seu problema agravado por problemas recentes, casou-se com uma "rapariga" de 50 e poucos anos (para os seus 70 e qualquer coisa, é rapariga). Pois... "carninha" nova e estando a par do comprimido azul, lá convenceu a farmacêutica a vender-lhe Viagra. Aperar dos avisos dos amigos junto dos quais se vangloriava , "olha que isso faz-te mal ao coração..." -" Porra! Ao menos morro consolado!", padeceu após mês e meio de ginástica acrobática.


Bolas, agora sem cabelo tenho frio na cabeça... e estou cheio de comichões. Como me mexo pouco por causa do frio e o único movimento que faço é para me coçar pareço um desses distintos trabalhadores que nos ajudam a arrumar o automóvel e que, supostamente, zelam pela sua integridade...
Por falar em automóveis... o Delta HF relâmpago já voltou às estradas depois de uma pequena estadia no preparador técnico (mecânico). A peça (tubo que leva a refrigeração ao motor e a mais não sei aonde... para o tirar tem que se tirar quase o motor. Informação para os mais interessados ou seja só eu :oP) acabou por não vir de Itália mas está encomendada... porra! Tenho um popó que precisa de peças que vêm de Itália... como os Ferraris. :o)

Vou fingir que faço qualquer coisa para não me virem pedir favores... :o) estou a brincar! Estou sozinho em casa.
Estar sozinho em casa às vezes é mau porque se torna doentio para alguém com um bocado de imaginação. Experimentem ir para a casa de banho de luz apagada, apenas com o mínimo de luz para se conseguir distinguir o branco dos olhos. Olhem bastante sérios para vocês mesmos e tentem imaginar que a vossa imagem se mexeu, ou que vêm algum vulto atrás de vocês... que fixe!
Ou então, tal como estou a fazer neste momento, imaginem que está alguém atrás de vocês enquanto estão a escrever no computador. Ou metam múscia alta e convençam-se que ouviram qualquer coisa a cair na cozinha, desliguem a música e apreciem o inquietante silêncio imaginando que um gigante ser de cor pálida em que o pouco cabelo que tem escondido escondido por baixo do chapéu de homem do lixo, é seboso, com jardineiras de talhante, botas de borracha e que, de cutelo na mão, se aproxima lentamente para o massacre... uma vez quando faltou a luz e levei isto a sério, tive que ir passear porque não conseguia estar em casa, tal era a quantidade de personagens que nela habitavam.
Outra cena muito má que fiz quando era pequeno, andava na primária, foi estar em casa a fazer horas para ir à aula de piano, e estava a dar no canal 1 um documentário sobre os últimos canibais no Amazonas... aquilo sim era o néctar da adrenalina. Fartei-me de correr dentro de casa para ir buscar a mala e cheguei com meia hora de antecedência à aula. :o)

Enfim... invento tudo o que for preciso para não ter que estar a estudar! Desde fome a vontade de ir à casa de banho, a já bastante desvulgarizada sede e hoje foi postar duas vezes.

É melhor não escrever mais nada porque lembro-me sempre de qualquer coisa para acrescentar.

'jinhos e abraços.

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