quarta-feira, dezembro 17, 2003

Não querendo demonstrar falta de ideias, mas sim com a intensão de comprovar o que escrevi num ou outro post anterior, vou escrever aqui uma linhas... vinha eu ontem (ontem foi um dia cheio de ocorrências) de um teste que acabou às 21:15 (ler descrição do teste num post que vou fazer), quando no metro apareceram mais duas franzinhas e raquíticas criaturas (imaginar duas figuras baixas e pequenas com uma granda cabeça e dentes saídos, estavam trajadas com as calças de ganga e camisas desfraldadas de um dos lados como de costume), com ar de fuinhas e vindas das terras da ex-URSS. Tocavam acordeão acompanhado por uma pandeireta tocada a um ritmo frenético mas sempre igual. A playlist consistiu num curioso medley constituído pelo refrão da Polka, melodia da música d'"A Banda" e acabou em beleza com música de Natal enquanto o "artista" da pandeireta cobrava os "honorários" pelo espectáculo dado.


Entretanto lembrei-me de mais coisas para se fazer, quando se está sózinho, como forma de combater o tédio e saborear algum entusiasmo.
Utlilizar estes magníficos métodos quando já se está deitado e de luz apagada...
Por exemplo, tentar associar as formas mais duras dos cobertores a membros mutilados de um cadáver (mão, pés, narizes, etc...). Ganhar uma sede diabólica e ao acender a luz (em vez de interruptor imaginar que se está a apertar um dedo frio) ansiar por ver uma cabeça decapitada em cima da mesa de cabeceira, com os olhos revirados e com a lingua de fora... garanto-vos sede para a noite toda (relembrar o gajo que está na cozinha, aquele de jardineiras). Já para não falar no gajo que está à nossa espera por de trás da porta da casa de banho que irá gritar estridentemente assim que acendermos a luz... também vos garanto que por muito aflitinhos que estejam e vontade que tenham, só lá irão no dia a seguir com a luz do dia (falo por experiência própria).
Outra coisa muito gira é tentar sentir uma presença no nosso quarto, tentar acompanhar os movimentos de um gajo com respiração ofegante, que anda à volta da nossa cama e que por vezes se senta aos nossos pés para descançar... inquietante!

É por estas e por outras (nunca me esqueço dos mortos que "viviam" (repare-se na contradição) no gavetão da minha outra cama) que durmo sempre de cabeça tapada, por muito calor que faça...

Sem comentários: